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Muitas vezes nem notamos eles trabalhando. Mas, dia após dia, a atividade deles é fundamental para manter uma cidade limpa, como todos querem. E hoje é a data deles: Dia do Gari. Em São Vicente, a Codesavi conta com um “exército” de 260 trabalhadores desta área que, desde janeiro, varreram 10 mil quilômetros de vias públicas. É ou não para comemorar?

Os dados da Diretoria de Limpeza Urbana mostram que, em janeiro (mês de maior movimentação na Cidade, por conta dos turistas), foram varridos mais de 4 mil quilômetros de ruas, praças e avenidas. Em março e abril, quase 2 mil quilômetros e, em fevereiro (mês mais curto), 1.781 quilômetros. Contando os primeiros dias de maio, as equipes atingiram a marca de 10 mil quilômetros, seja na chuva, embaixo de sol ou enfrentando ventania.

Dos 260 garis da Codesavi, mais de 80% são mulheres. Muitas estão há mais de dez anos na empresa. Quase sempre trabalham em dupla, um completando a tarefa do outro. E o serviço das equipes começa cedo: às 6 horas já é possível ver este pessoal dando duro.

O presidente da Codesavi, Ricardo Hourneaux de Moura, agradece a dedicação deste grupo de funcionários. “O empenho destes profissionais, na chuva e no sol, consegue manter nossa Cidade limpa. Os garis são parte fundamental para o sucesso da empresa. Estão fazendo um trabalho reconhecido e elogiado pela população. Parabéns à categoria”.

“Criei minhas três filhas graças ao meu trabalho na Codesavi”, se orgulha Ana Maria dos Santos, que, aos 52 anos, contabiliza 25 anos limpando as ruas de São Vicente.

Ana Maria conta que gosta da atividade que realiza porque, entre outras vantagens, é uma oportunidade de conversar e conviver com vários tipos de pessoa. “Converso com todos. De morador de rua a advogado. O pessoal cumprimenta e conversa conosco”. O chapéu que usa para trabalhar em dias de sol forte ela ganhou de uma moradora.

A trajetória de Ana Maria na Codesavi, hoje uma feliz avó de cinco netos, só teve de ser interrompida por um problema de saúde – já superado. Ela passou por sete cirurgias por conta de um tumor, que a afastou das ruas e do convívio com a equipe. “Cheguei a ser desenganada pelos médicos. Hoje sei da importância de cuidar da mente e do corpo. Quando estava afastada, queria logo voltar a trabalhar. Agora, estou sempre me cuidando”.